6 de jan. de 2016

Boss Vibrato ou Strymon Mobius?

Olá, pessoal!
Faz muito tempo que não escrevo nada por aqui. Os tempos são outros, mas... Blogs continuam tendo seu valor!
Por falar em valor, aí estão dois pedais bem valiosos em diversos sentidos. O Boss Vibrato é um dos pedais mais raros da marca, com timbre inconfundível; o Strymon Mobius é um ícone da modernidade. Ambos tem sons excelentes, mas achei que valeria a pena compará-los, pois dentre os doze efeitos e inúmeros modos, o Mobius tem um modo Vibrato, selecionável por meio do Chorus.
O VB-2 só faz uma coisa (muito bem feita, por sinal) e o Mobius é o faz-tudo em termos de modulação. Quem se sai melhor na sua opinião?


31 de jul. de 2013

II Concurso Cultural Santo Angelo "Curando seu improviso" Gospel

Salve, guitarrada!
Cá estou eu postando mais um vídeo, concorrendo mais uma vez com os milhares de talentosos Youtubers que de vez em quando pegam uma backing track dessas de concursos e destroem tudo, sempre na esperança de fazer com que seus talentos deixem os quartos pra ganhar os palcos.
Consciente que não sou páreo pra essa rapaziada boa Brasil afora, mando meu vídeo só pra me fazer ouvir e quem sabe, fazer novos contatos. Uma boa oportunidade também pode pintar por aqui.
A Santo Angelo tem fabricado excelentes acessórios e tem demonstrado sua preocupação com responsabilidade social reciclando sobras de produção e criando essas oportunidades pra que músicos talentosos sejam vistos e ouvidos. André Nieri, projetado nacionalmente após vencer um desses concursos, que o diga!
Se gostar, me ajude clicando em "Gostei" lá no Youtube e compartilhando nas suas redes sociais.
Gostou muito? Tem vontade de aprender a tocar guitarra? Mande seu contato! Aulas personalizadas, com material de qualidade e boa didática.
No mais, espero que curtam meu improviso sobre a base da canção "Tentação", de Adson Sodré, guitarrista da Neal Morse Band. A visualização em HD está disponível.



18 de fev. de 2013

Concurso Cultural Tom Tone & Lost Dog: o próximo solo é seu


Este que vos escreve está no vídeo acima pra participar do concurso cultural promovido pela Tom Tone Efx e pela Lost Dog (cuidado com o volume do PC pro último link, me deu um susto desgraçado, rsrs). BT bacana, curtinha, bem legal de ouvir até sem guitarra solo.
Dá pra ter uma boa ideia da qualidade do amp Fender G-DEC 3 Fifteen, ligado diretamente ao PC via USB. O DAW usado foi o Ableton Live Lite Fender Edition.
Fiquem à vontade pra comentar e espalhar o vídeo. Valeu pela audiência! ;-)

12 de fev. de 2013

Aulas de guitarra sem sair de casa?

Já faz tempo que a internet se consolidou como recurso pedagógico. Hoje é possível cursar uma graduação praticamente inteira pela internet, sobretudo para facilitar a vida de pessoas que vivem longe dos grandes centros.
E daí? Você vive num grande centro, mas adoraria ter a oportunidade de estudar com Paul Gilbert. Há alguns anos, isso só seria possível indo a Los Angeles para estudar no GIT. Agora Paul Gilbert vem até você por um custo bem menor. Confira o curso online de Paul Gilbert pela Artist Works:


Já que o tempo é de total globalização e interatividade, como opção você tem o curso de Yngwie Malmsteen, que além de ter um estilo completamente diferente de Paul Gilbert, diz mostrar um conteúdo nunca visto antes:


Cada curso tem a vantagem de contar com planos diferentes, com durações e preços diferentes. E aí, o que você está esperando pra começar?

27 de jan. de 2013

Lido e recomendado: Luz & Sombra - Conversas com Jimmy Page


Em 4 de dezembro de 1980, o Led Zeppelin encerrou oficialmente suas atividades. Eu tinha apenas 4 anos de idade, desconhecia o Led Zeppelin e nem imaginava que um dia pudesse empunhar uma guitarra, sequer tinha noção do quanto o som de Jimmy Page seria importante para mim.
Uns 10 anos depois tive a oportunidade de pegar emprestada uma fita cassete do ilustre álbum Led Zeppelin IV. Minha vontade era nunca mais devolver aquela fita. O vigor e o lirismo de Page, Plant, Jonesy e Bonzo haviam me acertado em cheio.
Jimmy Page é o arquiteto do Led Zeppelin, como nos conta o excelente livro Luz & sombra: Conversas com Jimmy Page, de Brad Tolinski. Todas as fases da vida e da obra de Page são fartamente contadas, entremeadas por conversas do autor - que é editor-chefe da revista Guitar World - com o guitarrista.
Já ouvi dizer que "a pessoa nasce para o que é". Foi essa a sensação que tive ao saber que quando da mudança da família de Page para Epsom, um violão foi encontrado na nova casa, abandonado pelo antigo morador. Esse violão foi o primeiro instrumento de James Patrick Page, que mais tarde foi recompensado pelo pai com um violão Höfner, dada sua dedicação ao violão. Depois, já tocando em bandas locais, Page comprou sua primeira guitarra elétrica, uma Futurama Resonet Grazioso.


O livro conta como Page e seus ilustres contemporâneos tomaram contato com o blues norte-americano, o transformaram e por ele foram transformados. Sua vida como guitarrista de estúdio, a formação dos Yardbirds, a amizade com Jeff Beck, formação, auge e declínio do Led Zeppelin são contadas com muita franqueza. No entanto, essas histórias são bastante conhecidas. Se você já leu The Rough Guide to Led Zeppelin, me entende; se não, sugiro a leitura. As novidades fazem Luz & Sombra valer a pena. Page fala sobre seu tempo como aluno da Faculdade de Artes e dos conceitos que dali se expandiram para sua música. Bate papo com o jovem e criativo Jack White, com quem contracena em It Might Get Loud (A Todo Volume no Brasil), acompanhado também por ninguém menos que The Edge.


Lá estão também detalhes de seus equipamentos, histórias sobre timbres de álbuns do Led, suas parcerias pós-Led com Paul Rodgers e David Coverdale e até razões sobre seu interesse pelo ocultista Aleister Crowley, sem esquecer de contar como foi sua participação na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
Não à toa, Luz & Sombra foi publicado quase simultaneamente a Celebration Day, o célebre show de 2007 que reuniu o Led Zeppelin na O2 Arena com a participação de Jason Bonham, filho de John Bonham, falecido em 25 de setembro de 1980. Ganhei tanto o livro quanto o show e posso - sem sombra de dúvida - dizer que foram os presentes de Natal mais rock n' roll que já recebi. Recomendo fortemente!
Pra encerrar o post, duas performances emocionantes: "Stairway to Heaven", pelas veteranas Ann e Nancy Wilson, do Heart (aquela banda do sucesso "Barracuda", que os mais jovens conhecem através do game Guitar Hero) com direito a Obama, Page, Plant e Jonesy na plateia e "Rock and Roll" do DVD Celebration Day. As caras de Page, Plant e Jones para Jason Bonham ao final da música não tem preço. Parece que depois de tanto tempo, eles estão vendo o velho amigo que esmurrava a bateria na pele daquele "garoto". Até a próxima!



15 de dez. de 2012

Grata surpresa: guitarra Walczak Custom Shop e humbuckers Malagoli

Alguns dias atrás, anunciei a venda de uma guitarra na internet. Coisa de guitarrista, que de vez em quando, sofre crises crônicas de GAS, assim como outras espécies humanas que tendem ao profissionalismo quando se trata de seus hobbies. Detalhe é que eu fiquei um tempão interessado nessa guitarra anunciada, uma Tagima Vulcan. Vai entender...
Fotos feitas, anúncio publicado e uma vontade imensa de pegar uma boa Telecaster: esse era meu intuito. Aparecem os interessados de sempre, geralmente propondo trocas. Na nossa realidade, é muito difícil vender guitarras a particulares. Grana é coisa escassa, mas uma troca sempre deve ser analisada como uma boa opção, até mesmo porque o que vem no rolo pode ser revendido, trocado novamente e por aí vai.
Apareceu uma oportunidade de troca inusitada pra mim: uma Walczak Custom Shop. Não conhecia da marca mais que duas Teles de amigos que precisavam de regulagem e me agradaram, mas não chegaram a me impressionar. Marquei o encontro e efetuei a troca e aí está a belezinha oriunda da Custom Shop Division da Walczak:







Completamente customizada, a guitarra me remeteu imediatamente a uma Charvel San Dimas. Corpo de stratocaster em cedro-rosa, braço em marfim, ambos de excelente qualidade. O acabamento acetinado permite ver belíssimos veios do corpo contra a luz e o sustain proporcionado pelas madeiras selecionadas é incrível, chega a lembrar um teclado. Não há defeitos na construção e pode-se dizer que o trabalho da Walczak é admirável, digno de uma Custom Shop.
A chave é do tipo Les Paul de 3 posições e cada um dos potenciômetros é de volume, dotado de push-pull, splitando os excelentes humbuckers Malagoli Custom 59, no braço, e 84, na ponte. A ponte é fixa, as tarraxas são Planet Waves Auto Trim (com trava) e também foram instalados string retainers com roletes, para minimizar ao máximo a perda de afinação. Os trastes são os jumbo 6100, da Dunlop.
O resultado é uma guitarra confortável, de som extremamente equilibrado e excelente tocabilidade, versátil ao extremo. O dono anterior fez questão de que a guitarra tivesse a parte elétrica blindada com folha de cobre, o que faz dela um instrumento bastante silencioso. 
Não se deixe enganar pelo corpo de stratocaster. Os humbuckers Malagoli dão magníficos timbres de Les Paul a essa máquina de timbres. Soam gordos, bem cheios, repletos de equilíbrio em todas as frequências, mas convém dizer que achei os graves absolutamente perfeitos. Não embolam o som em momento algum, seja numa bela levada clean ou com drive. Lembram os modelos que servem de parâmetro, o Seymour Duncan 59 e o Gibson 84T (este último foi o captador que equipou a icônica guitarra usada por Eddie Van Halen na turnê do álbum 1984), mas não deixam de mostrar sua personalidade. Quando splitados, as possibilidades de timbre mudam completamente. Há sons que lembram stratocaster, no 59, com drive low-gain, bem como o 84 Custom splitado lembra bastante o captador da ponte de uma Telecaster. São excelentes timbres, tanto de humbuckers quanto de singles.
Deixando de ler pra ouvir, espero que curtam os samples que gravei usando apenas o miniestúdio digital Boss Micro BR, cujos efeitos são derivados da pedaleira Boss GT-6. Se quiser começar pelos sons com drive, role até o fim da postagem.

13 de dez. de 2012

Palhetada inicial

Salve, salve, guitarristas do meu Brasil!
Já faz um bom tempo que penso em criar um blog, mas só agora criei coragem. Apaixonado por guitarra como sou, este há de ser o assunto sobre o qual pretendo escrever a fim de trocar ideias e experiências. Quero começar falando sobre a razão do blog e o que pretendo fazer por aqui.
A geração de guitarristas que se forma nestes tempos é preponderantemente formada por gente conectada, que tem perfis em todas as redes sociais, anda de smartphone pra lá e pra cá, compartilhando fotos no Instagram, publicando sons e imagens de ensaios, passagens de som, shows seus ou de terceiros a todo momento no Facebook e outros canais. Por outro lado, também é formada por uma galera que tem tanta informação disponível que não consegue se concentrar, não consegue manter o foco em algo por muito tempo.
Disso tudo, se depreende que o tempo para se ouvir música e as formas de ouvi-la também mudaram. O vinil virou retrô, sumiu e agora volta aos poucos, subindo de preço e virando objeto cult ou exclusivo de coleções ou arquivos. O CD interessa cada vez menos, pois a mídia física, palpável, exige equipamentos de reprodução que em sua maioria não permitem mobilidade. Celulares, iPods, tablets e aparelhos automotivos ganharam grande importância no hábito de se ouvir música. Ouvimos música quase sempre em trânsito. Sempre me pego ouvindo Robert Johnson no meu Sony Ericsson Vivaz e penso que aqueles sons não foram feitos pra serem ouvidos em fones de ouvido plug-in-ear.
Chegando a este ponto, chego também na razão pela qual batizei este blog de The Tone Chamber, expressão inglesa para designar as cavidades criadas no interior do corpo de uma guitarra a fim de tornar o instrumento mais leve, entregando mais volume e um timbre mais acústico e natural. Independentemente dos suportes nos quais a música foi fixada (goma-laca, vinil, fita magnética, mídia óptica, disco rígido de computador, cartão de memória etc), ela sempre começou com uma boa melodia, um ritmo, um bom timbre gerado na mente de alguém. A verdadeira câmara de timbre é a nossa cabeça!
Vejo muita gente hoje lotando fóruns perguntando como fazer pra obter o timbre do Malmsteen, do Gilmour, do Satriani, do Hendrix, do Bonamassa, do Van Halen e de outros tantos. No entanto, se trata de gente com muito acesso à informação e pouca atenção ou tempo para assimilá-la. Assim, vemos guitarristas tecnicamente bons, com bom equipamento, que soam mal porque o timbre não começou onde deveria ter começado: na cabeça.
Outro dia ouvi de um amigo que um cara que toca na igreja dele, aos 20 anos de idade, tem uma Epiphone Les Paul e uma Boss GT-10. Deveria soar bem? Teoricamente, sim, mas soa mal. Como esse amigo - quarentão, com larga experiência musical - disse ao guitarrista em questão, "ele começou com o equipamento que eu sonhava terminar quando comecei". Facilidade de importação e acesso a equipamento de qualidade não substituem ouvidos ou mãos sensíveis, muito menos talento.
Penso que coisas assim são bastante comuns e tem suas raízes nas mudanças frenéticas de nossa época, na escassez de tempo para se parar tudo que se está fazendo e se ouvir um álbum inteiro, sem qualquer outra preocupação, sem que a música seja apenas o background do que se faz no computador. Estranho demais, por exemplo, quando ouço The Dark Side of The Moon e o celular faz questão de inserir pausas de 2 segundos entre as músicas, pausas que na verdade não existem, e que nem posso fazer nada para mudar isso. Aliás, já acho estranho ouvir o referido álbum em mp3 num fone de ouvido...
Alguns dos timbres mais seminais de guitarra vieram da simplicidade de uma boa guitarra e um amp decente pilotados por guitarristas que sabiam a diferença entre palhetar e dedilhar, tocar forte ou fraco, mexer no knob de volume da guitarra ou simplesmente trocar de captador em determinadas partes de uma música. Tudo isso precisa primeiro vir da cabeça. É necessário imaginação, criatividade, persistência e uma grande dose de paciência.
Apesar de não ser músico profissional no sentido mais completo da expressão, creio que tenho pelo menos ouvidos bem treinados e uma vontade incansável de sempre buscar o que creio ser um elemento indispensável, capaz de substituir malabarismos no braço da guitarra: o timbre. Assim, este será um blog de guitarra, como tantos outros, mas voltado principalmente pra questão do timbre, a marca que cada um de nós é capaz de imprimir na mente das pessoas mais comuns, que não fazem a menor ideia da diferença entre uma Fender Stratocaster 1954 e uma guitarra fake chinesa, mas que sabem muito bem dizer quando um som as emociona. Essa é a nossa missão, a função e finalidade do nosso timbre: emocionar as pessoas.